(Contra) reforma do estado no capitalismo e os movimentos sociais: análise da greve do funcionalismo público
Daiana Moura Ramos
(Contra) Reforma do Estado no Capitalismo e os Movimentos Sociais: Análise da greve do funcionalismo público
Taubaté – SP
2012
UNIVERSIDADE DE TAUBATÉ
Aparecida de Castro Fernandes Souza
Daiana Moura RamosGleide Souza Silva
Priscila da Silva Marcondes
Sarah R. Santana
Suzana Oliveira
(Contra) Reforma do Estado no Capitalismo e os Movimentos Sociais: Análise da greve do funcionalismo público
Taubaté – SP
2012
SUMÁRIOINTRODUÇÃO.................................................................................................
1. A atual crise do capitalismo.....................................................................
2. Greve do funcionalismo público: Visão da mídia..............................
3. Conceito do Estado e seu papel..........................................................
4. A reestruturação produtivae sua relação com os movimentos sociais......................................................................................................
5. A saída política e social dos trabalhadores para a situação..............
6. Os setores que entraram em greve e suas reinvindicações..............
7. O parecer da sociedade diante das greves dos servidores federais..REFERÊNCIAS
ANEXO A
ANEXO B
INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem como objetivo analisar, de forma crítica, a greve do funcionalismo público, considerando a contra-reforma do Estado no capitalismo e a peculiaridade dos Movimentos Sociais.
Analisamos que as greves são consequências do capitalismo, poiseste sistema econômico desenvolve-se através de crises periódicas.
1. O contexto atual da crise do capitalismo
O capitalismo é um sistema econômico, social e político que pela sua própria natureza se desenvolve através de crises periódicas, estruturais ousistêmicas como cíclicas.
Segundo Montaño; Doriguetto (p. 183, 2011) esses ciclos configuram-se em: “a- um período de expansão ou auge e prosperidade, b- uma fase de superprodução, c- um período de crise e depressão, d- uma nova fase de recuperação econômica”. Isso faz parte da dinâmica capitalista que tem como função manter o sistema e retomar a taxa de lucro.
Aquino (2012) resume ascausas dessa crise em sete itens básicos:
1. O endividamento dos Estados decorrente de décadas de superposições de políticas keynesianas;
2. A perda de competitividade dos norte-americanos e europeus em relação aos novos emergentes que contam com vantagens competitivas inerentes ao processo de desenvolvimento, principalmente a mão de obra barata e mercadosconsumidores em expansão;
3. O sistema de reservas fracionárias dos bancos centrais que permitiu aos bancos emprestarem 30 vezes os valores de seus patrimônios;
4. O estímulo dos bancos e governos ao crédito fácil, uma armadilha para o endividamento que estimula a economia no presente e cobra a fatura às gerações futuras, como ocorre hoje na Europa e nos EUA;5. A omissão dos governos ao permitirem que o sistema financeiro transformasse dívidas em “produtos”;
6. A migração de parte da população do setor produtivo para a especulação financeira. Muita gente hoje não quer mais trabalhar. Querem viver apenas de “investimentos” ou das benesses do Estado;
7. A fabricação de dólares sem lastro pelos EUA, o...
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