Contos de fadas

OS CONTOS DE FADAS

Os contos de fadas tratam-se de uma narrativa curta, geralmente transmitida oralmente, onde existe a mistura do real e a fantasia. Nestas histórias, o herói ou heroína obtém a sua vitória medianta a luta contra vários obstáculos. Animais e seres falantes também são muito comuns. Ainda hoje, os contos de fadas continuam sendo perpassados por possuírem sabedoria popular. Para muitos psicólogos, tais histórias seriam "psicodrama da infância", considerando que espelham, de certa forma, os conflitos da vida real que uma criança enfrenta em seu processo de crescimento, ajudando-a. Dividem-se em quatro etapas:

Travessia: o personagem principal encontra um lugar mágicos, cheio de criaturas sobrenaturais.
Encontro: o herói se depara com obstáculos (bruxos, lobo mau, monstros, etc).
Conquista: a luta contra o inimigo, no qual o bem sempre vence o mal.
Celebração: os personagens principais se casam e vivem felizes para sempre.

Apesar de ser transmitida ao público infantil, os contos de fadas não foram escritos para crianças e não possuem ensinamentos com uma moral, considerando muitos deles possuem adultério, incesto, mortes e entre outros. Inclusive, muitos dos primeiros contos, em sua forma original, eram recheados de violência. Um exemplo é uma das vesões do conto A bela adormecida, no qual o príncipe teria abusado da princesa em seu sono, abandonando-a grávida logo em seguida.

Contexto histórico:
Os contos de fadas surgiram no séculos XVII, na Europa, durante a Idade Media Moderna. Para Ritchter e Merkel, os contos são a expressão do desejo das classes oprimidas de sair de sua condição social inferior, considerando que apenas através de uma situação fantástica faz-se possível a realização deste desejo.

As primeiras manifestações surgem com na literatura cortesã e nas novelas de cavalaria do ciclo arturiano, muitas vezes enaltecendo a figura da mulher.

Com a noção de família introduzida no século XVII, a