Conto de fada
4.1 A Bela Adormecida no Bosque
No conto A Bela Adormecida no Bosque, de Charles Perrault,a história apresentada permite diversas interpretações na abordagem psicológica. Trata-se de um conto que remete ao processo de amadurecimento da personalidade (processo de individuação). Este seria o motivo de uma história antiga, em princípio transmitida entre gerações, manter-se presente até os dias de hoje. O tema nuclear do conto A Bela Adormecida no Bosque parece remontar a uma época muito antiga e ter sido largamente divulgado, o que é confirmado pelo fato de que as diferentes versões dele variam pouco entre si em sua substancia. É notável constatar como um Conto de Fadas pode sobreviver vários séculos, quase inalterado. Isso se explica pelo fato de que ele reflete uma estrutura psicológica humana de base e portanto universal. (FRANZ, 2000, p. 25) Neste conto, temos a participação de oito fadas na cerimônia de batismo da princesa. As fadas permitem uma visão das dificuldades ou até das impossibilidades, com meros obstáculos presentes da história. Isso refere-se a representação dos próprios desejos humanos. Os termos ou nomes usados neste conto pode ser familiar na nossa vida diária, embora possua conotações especiais além do seu significado evidente e convencional, as palavras e imagens são simbólicas, quando elas tem alguma coisa além do seu significado e manifesto imediato, estes símbolos tem um significado sempre mais do que o significado óbvio. Pois são termos naturais e espontâneos, tanto de natureza individual como coletiva. O conto de fadas a sempre dois núcleos, normalidade costumeira e o da magia, do conhecer o desconhecido, do maravilhoso. Em Franz (apud GIGLIO, 1991: 6), os contos de fada numa visão junguiana são uma representação simbólica de problemas gerais humanos e suas soluções possíveis, ou seja, as representações da fantasia são tão primárias e originais como os próprios desejos e instintos. Nos