Contemporaneidade

Contemporaneidade
O passado, as origens, as raízes não são mais o foco de atenção do artista. Integrado à sociedade em que vive, interessa-se pela realidade presente.
Materialismo
Consequência natural da oposição ao sentimentalismo romântico é a adoção de uma postura materialista, que procura a verdade na realidade concreta, material, e não nos sentimentos e na imaginação.
A “anatomia do caráter”
Condição para compreender a sociedade era observar como se comportavam as pessoas e se havia alguma relação entre esse comportamento e problemas sociais.
O interesse coletivo em pauta
Temas de interesse coletivo (adultério, corrupção, opressão, etc.), formam um retrato da época naquilo que ela tem de mais verdadeiro.
Linguagem: a força das descrições cruéis
No plano da linguagem, a tradução mais evidente do novo olhar adotado pelos escritores realistas é a tentativa de oferecer descrições aparentemente isentas para que o leitor forme um juízo das cenas apresentadas.
Portugal: atraso e estagnação
Na segunda metade do século XIX, Portugal era um país bastante atrasado em relação ao restante da Europa. A discrepância entre a vida no campo, marcada pelo atraso e pelo analfabetismo, e a vida na cidade, impulsionada pelo crescimento do comércio, contribui para tornar gigantes as desigualdades sociais. Consequentemente criou-se uma literatura de denúncia social e observação crítica da realidade, características da estética realista.
Um início movimentado e polêmico...
Contudo, as marcas do progresso podiam ser vistas nos centros universitários. É na Universidade de Coimbra, mas especificamente na Faculdade de Direito, que jovens entusiasmados (Antero de Quental, Eça de Queirós, Oliveira Martins e outros) reuniam-se para discutir textos revolucionários que chegavam dos grandes centros europeus. Nascia ali a Geração de 70, que mai tarde protagonizaria os principais acontecimentos associados à chegada do Realismo a terras lusitanas.
A Questão Coimbrã
A polêmica