Contador como consutor finaceiro

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Por lei, toda empresa deve ter alguém responsável pela sua área contábil, mas não necessariamente precisa terceirizar este serviço. Na prática, o que a maioria das empresas de pequeno porte faz é contratar um contador terceirizado, já que o serviço de cálculo e recolhimento de impostos é trabalhoso e requer conhecimentos específicos.

No entanto, mais do que alguém que saiba lidar com os tributos municipais, estaduais e federais, o contador também está apto a gerar controles que indiquem como anda a saúde financeira da empresa. "O que acontece é que empresas de menor porte ainda não se deram conta disso e buscam nesse profissional apenas uma pessoa que preencha livros-ata, livros-caixa e assim por diante", aponta Dalton Viesti, coordenador de graduação da Trevisan Escola de Negócios, de São Paulo. "É errôneo pensar que o contador é um 'mal necessário'", completa.

A opinião é compartilhada por Amaury Liba, professor de Ciências Contábeis da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (Fecap), de São Paulo. "O contador pode ser uma espécie de consultor para todas as horas. Pode desde auxiliar no fechamento de um novo negócio até traduzir para o empreendedor a legislação e explicar quais são os benefícios reais de práticas como a adoção de participação nos lucros", exemplifica.

O ideal é que o empreendedor tenha noções da parte tributária e financeira da empresa, até para que possa cobrar do contador de maneira adequada. Além disso, ele é o responsável por garantir que, no dia a dia, a operação seja registrada de maneira correta. "A obrigação não é apenas a de recolher o tributo, mas também de emitir a nota fiscal. E esta última parte cabe à empresa", exemplifica Amaury.

Nada impede que seja o próprio contador quem passe para o empreendedor essas noções, mas o ideal seria que, antes de abrir a empresa, ele já soubesse o que é um negócio no seu todo. "A educação empreendedora no Brasil ainda é muito falha. As pessoas acabam aprendendo na

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