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CONCEPÇÕES ANTROPOLÓGICAS E O PAPEL DO PESQUISADOR Antropologia, como ciência, existe há poucos séculos, mas, como inquietação que desperta estudos e observações do agir humano, já é milenar. Desde a antiguidade tem-se procurado explicar as diferentes formas de conduta entre os homens e ate mesmo em nossos dias. Pode-se notar que deste seu aparecimento o homem busca estabelecer num determinado nível de existência uma superioridade diante os demais animais, isso porque o ser humano é essencialmente um ser racional e social e político. Somos seres dotados de razão, os únicos capazes de abrastrair conhecimentos lógicos e precisos. Enquanto os demais outros animais na sua essência vivem dos seus instintos. A Antropologia apresenta uma peculiaridade: quer estudar o ser humano no seu “todo”, isto é, estudar o que os seres humanos produzem na sua globalidade, ou seja, tudo o que envolve a cultura humana.
Antropologia ganhou novas dimensões com o passar do tempo. Embora não existisse como disciplina específica, o saber antropológico participou das discussões da filosofia, ao longo dos séculos. Durante a Idade Média muitos escritos contribuíram para a formação de um pensamento racional, aplicado ao estudo da experiência humana nas ciência social e na ciência natural. Com fundamento nestas concepções, as primeiras grandes obras da antropologia foram transcritas.
Em todas as sociedades existiram homens que observavam homens, interrogando-se questionando acerca de si mesmo e do outro e da natureza humana em suas diversas formas de se apresentar. Contudo, somente no século XVIII, uma saber científico, tendo o homem como objeto de estudo, começa a tomar forma. Nesse período, acontecimentos como a Revolução Industrial em curso e o consequente fortalecimento do positivismo aproximaram o nascente saber antropológico de saberes como a física ou biologia. Até então o pensamento do homem sobre o homem.
Era eminentemente mitológico e filosófico afastando-se de uma saber