Contabilidade internacional
Ângela Portela
Após a crise da Bolsa de Nova Yorque em 1929, membros do governo dos Estados Unidos, congressistas , dirigentes empresariais, auditores, analistas de crédito e do mercado de ações e pesquisadores acadêmicos se dedicaram à análise das razões para a crise e na concepção de mecanismos para superá-la. Dentre as medidas imaginadas e implantadas estava um reposicionamento relativo à regulação governamental e à normatização contábil voltadas para o preparo e auditoria de demonstrações financeiras, também chamadas de demonstrações contábeis.
Foi então criado, no âmbito da entidade que congregava, e ainda congrega auditores nos EUA – o Instituto Americano de Contadores Públicos Certificados (AICPA – Institute of Certified Public Accountants), uma área voltada para o preparo de “normas contábeis” (o APB – Accounting Principles Board). Esse organismo, criado em meados dos anos 70 do século passado, e seus pronunciamentos constituíram a parte mais representativa dos chamados Princípios Contábeis Geralmente Aceitos nos Estados Unidos (US GAAP – Generally Accepted Accountanting Principles). Por volta de 1973, esse organismo foi substituído por uma entidade independente, sem fins lucrativos, que assumiu desde então a tarefa de emitir normas – a Junta de Normas de Contabilidade Financeira (FASB – Financial Accountanting Standards Board).
Aproximadamente nessa mesma época, no início de 1970, foi criado um organismo internacional com o propósito de produzir normas contábeis não sob a ótica de um país em particular, porém com a intenção de serem normas genuinamente internacionais (IASC – International Accountanting Standards Committee). Esse organismo gerou normas contábeis internacionais (IAS – International Accounting Standards) até 2001, algumas das quais ainda estão vigentes.
As Normas Internacionais, que nasceram nos anos 70 com a denominação IAS, passaram a se denominar, a partir de 2001, mais