Construção Étnica do Brasil
São Paulo, 08/11/2012
Pesquisa Sociológica
Construção Étnica do Brasil:
De 1914 a 1945
Autores:
Eliakim Ferreira Oliveira, nº 6
Francisco Kroner Moreira, nº 8
Leonardo Cervantes, nº 14
Luiz Paulo Bomeny, nº 17
Rodrigo Rocca, nº 23
Alunos do 2º A
Introdução
Pode-se afirmar que até o século XIX a base étnica do Brasil resumia-se na figura do português colonizador, do africano que viera como escravo e do indígena, povo autóctone das terras que deram origem ao Brasil. Entre esses três houve uma confluência, no sentido de cruzamento, fusão, entre saberes coletivos1 compartilhados, disseminados e construídos. Esse cruzamento já denotava a insígnia étnica do povo brasileiro: um povo marcado pela miscigenação2. Tal fato é deveras interessante: se não houvesse uma assimilação entre saberes coletivos de três povos tão distintos não haveria, talvez, uma colonização desse tipo, marcada pela intensa mestiçagem. Além disso, já se constatou biologicamente que a grande maioria do povo brasileiro possui sangue indígena e mais da metade possui sangue negro3.
Todavia, outros povos uniram-se a essa estrutura étnica a partir do século XIX. Ao terem-no feito, alteraram-na, expandiram-na e tornaram-na mais diversa do que já era. Tem-se conhecimento, pois, de que imigrantes conseguiram driblar as restrições para viver no
Brasil já no final do século XVIII. Um fato muito interessante é que uma das primeiras notícias ligadas à chegada da família real ao Brasil em 1808 foi em relação à estadia de um imigrante. Segundo registros da época, o comerciante libanês Antun Elias Lubbos, que vivia no Rio de Janeiro, ofereceu sua residência para ser utilizada como casa imperial do príncipe Dom João4.
A partir dessa época o governo brasileiro começou a incentivar a imigração para povoar áreas pouco habitadas. Em 1810, várias famílias chinesas vieram trabalhar no cultivo de chá no Rio de
Janeiro. Em 1818, 1700 suíços fundaram a cidade