Considerações sobre Historiografia Contemporânea a por Valdei e Guilhermo

Título: Considerações sobre Historiografia Contemporânea a por Valdei e Guilhermo

O título do texto de Valdei Lopes de Araújo: “A história da historiografia pós giro Lingüístico: para além da metáfora dos lugares” já diz a que veio: Questiona o impacto sofrido pela historiografia tradicional, aquela praticada até então, após a ocorrência do chamado Giro Lingüístico.
Após o questionamento se realmente a linguagem utilizada levaria à fiel tradução da realidade, passa-se a pensar nos aspectos lingüísticos das palavras, nos fenômenos e estruturas do discurso, não apenas o simples sentido, nos conteúdos imediatos, mas nos contextos envolvidos.
Simultaneamente passa-se a utilizar como fontes um leque maior de opções, a linguagem de forma mais performática traduz-se em expectativas, regimes, experiências e relações entre categorias espaço-tempo.
O texto menciona a comemoração da Revolução Francesa duzentos anos depois.
Conforme o texto bem chama a atenção, em 1989 as visões a respeito da Revolução Francesa eram outras. A História construída entre 1789 e 1889 passava por questionamentos. E, em 1989 muito se pensava a respeito dos motivos a serem comemorados: A idéia de nação era outra, problemas advindos da modernização ou das próprias “revoluções desencadeadas” pela Bastilha deixavam o rastro da dúvida.
Sim, a dúvida, a mesma dúvida que tão bem os historiadores da escola dos Annales, Marc Bloch e Lucien Fevbre têm como válvula causadora da chamada História Nova. Bloch e Febvre tinham suas concepções a respeito de como a História poderia ser escrita que seria bem diferente daquela tida até então. A partir dos novos questionamentos do presente, Bloch entendia que haveria sim, um bom motivo para se passar a respeito do passado. A crítica ao ídolo das origens, a História linear, o aperfeiçoamento gradual da sociedade.
Mas esta não era a única crítica a História do século XIX, ter em mente apenas fatos políticos como determinadores para se relatar a