Considerações sobre exame e avaliação

1. Podemos considerar que, para os professores relacionados na questão, o processo de avaliação é fundamentalmente confundido com o processo do examinar. As considerações feitas por cada um dos profissionais vão ao encontro da fala de Luckesi e de Hoffmann.
Para Luckesi o processo de emitir julgamento baseado em conceitos de notas e instrumentos únicos avaliativos nada mais é que examinar o conteúdo que foi “absorvido” pelo aluno. Dentro deste conceito e com base no vídeo pode-se afirmar que os professores em questão só praticam o ato do “exame” sem considerar o desenvolver diário das atividades e progresso do aluno. Neste ponto podemos considerar a apresentação do Professor Nilson Machado quando este fala do professor baldista, ou seja, aquele que “despeja” os conteúdos para seus alunos sem, no entanto, parar e considerar as implicações do ato e, talvez, mudanças na estratégia de transmissão de conteúdos que, invariavelmente, levaria a mudanças no modo de avaliar os alunos.
Para Hoffmann o processo de avaliação como se encontra condicionada nas falas dos professores nada mais é que uma ação pontual em que somente os resultados são pertinentes e não os processos, onde os significados atribuídos levam ao “julgamento do valor dos resultados alcançados”, quando deveriam considerar o conjunto de ações que levaram a estes números. Isto posto é perceptível que, para estes professores, tratar o processo que eles aplicam de “examinar” seus alunos como pontual e promover a troca pelo “sistema de avaliação” os tirariam de sua “zona de conforto” obrigando-os a pensar outra vez suas metodologias. Do ponto de vista do material disponibilizado pela autora a ação destes profissionais está desvinculada do processo de educação.
Se considerarmos o proposto pelos autores a revisão de todo este processo é imprescindível, pois o que efetivamente importa é que o aluno compreenda o conteúdo e saiba como aplica-lo dentro do conhecimento adquirido ao longo do processo educativo e não o