consequencias pós dominação carismática

Da sucessão pós-dominação carismática Uma vez verificado os conceitos que definem uma dominação carismática, podemos notar claramente uma conseqüência, resultada pela sucessão posterior a dominância carismática. Ao analisar o contexto político, desde a saída de Jânio Quadros da presidência e os meios pelo qual João Goulart tomou posse, podemos assentar nossas conclusões. Em primeiro ponto, devemos perceber que existia certa rejeição por parte dos militares e congressistas contra a posse de João Goulart, pois tinham certa desconfiança sobre a trajetória política dele. Jango foi eleito vice-presidente, concorrendo pela chapa de oposição à Jânio Quadros (PDC-Partido Democrata Cristão) e apoiado pela UDN (União Democrática Nacional), e com a renúncia de Jânio Quadros do poder, de maneira legítima, a posse da presidência viria para as mãos de Jango, porém houve uma resistência de militares e congressistas que alegavam que a passagem do cargo presidencial colocava em risco a segurança nacional. Uma das maneiras encontradas pelo congresso para resolver esse problema sem infringir a constituição nacional foi a mudança de regime governamental de presidencialista para parlamentarista, visando a diminuição de poderes investidos a Jango. Esta medida fez com que João Goulart não tivesse meios para aprovar suas propostas. Esta falta de apoio político e militar no governo de Jango, trazia também certo receio da população quanto seu governo, visto que a influência exercida pelos congressistas e militares eram maiores naquele período. Por estes aspectos fica evidente que após um governo baseado em dominação carismática, tende-se a ter um apoio menor da população, pois o carisma e personalidade não repassam juntamente com a posse do governo. Os planos governamentais implantados durante seu mandato não serviram para trazer maior ligação com o público, pois uma vez fracassados, havia uma maioria política e militar que estava sempre presente para levar à tona seus erros. Depois do