CONSCIÊNCIA E NADIFICÃO

29819 palavras 120 páginas
Diego Rodstein Rodrigues

CONSCIÊNCIA E NADIFICAÇÃO

Dissertação submetida ao Programa de
Pós-Graduação em Filosofia, a
Universidade Federal de Santa
Catarina, como requisito parcial para obtenção do grau de mestre em
Filosofia, sob orientação do Prof. Dr.
Celso Reni Braida.

Florianópolis
2014

Este trabalho é dedicado a minha família. Entendo família como pessoas as que participam ativamente da minha vida.

E sem formular claramente nenhum pensamento, eu compreendia que tinha encontrado a chave da
Existência, a chave das minhas Náuseas, da minha própria vida. De fato, tudo quanto pude alcançar em seguida me fez voltar à noção desse absurdo fundamental. Absurdo: outra palavra, afinal; debato-me com palavras; no jardim cheguei a atingir as coisas. Mas gostava de fixar aqui o caráter absoluto daquele absurdo. Um gesto, um acontecimento no pequeno mundo colorido dos homens nunca é absurdo senão relativamente: em relação às circunstâncias que o acompanham. As palavras de um doido, por exemplo, são absurdas em relação à situação em que ele se encontra, mas não em relação ao seu delírio. Mas eu, ainda agora, tive a experiência do absoluto: o absoluto ou o absurdo.
(Jean-Paul Sartre)

Resumo
O que se busca ao desenvolver esse trabalho é demonstrar que todas as estruturas ligadas à consciência dentro da ontologia sartreana convergem em direção ao nada primordial da consciência, a condição negativa imutável de sua existência. Será apresentado aqui como se constrói a consciência dentro da teoria sartreana, usando como base principal a obra magna do autor, O Ser e o Nada. Há um caminho devidamente conectado entre os conceitos fundamentais que compõem o ser principal da filosofia sartreana. Quando se vê a consciência em
Sartre, nota-se um ser que retorna ao nada em todas as ações que constituem sua condição no mundo.

Palavras-chave:
Ontologia

Fenomenologia, Nada, Consciência, Liberdade,

Abstract
The main goal of this work is to show that all the structures

Relacionados