consciencia mitica

2641 palavras 11 páginas
Li o Ramo de Ouro de Sir James Frazer quando tinha 30 anos de idade. Naquela ocasião o que me ficara dessa obra fora uma gostosa imaginação sobre a origem dos mitos e ritos folclóricos da humanidade onde o autor nos mostra a evolução do pensamento humano através dessas manifestações culturais. Lêr agora o Ramo de Ouro, quase quarenta anos depois, e com a bagagem de muitas outras leituras sobre esse assunto, é uma aventura intelectual mais que fascinante.
Mas de cem anos depois de sua primeira publicação essa obra continua extremamente atual. Nesse estudo, que foi fundamental para o estabelecimento da antropologia e da psicologia modernas, Frazer faz um extenso estudo comparativo do folclore de vários povos primitivos e civilizações antigas, defendendo a tese de que o pensamento humano trabalhou primeiro com o mágico depois evoluiu para para o religioso, e em seguida racionalizou essas manifestações, alcançando o que chamamos de científico.
Embora suas teses tenham sido refutadas por outros antropólogos(e quem nunca o foi?) o trabalho de Frazer ainda é muito respeitado, principalmente na distinção que ele faz entre a magia e a religião. Na magia, segundo Frazer, o operador tenta controlar através de "ritos (ou técnicas)" o mundo e os acontecimentos, enquanto que na religião, ele requisita o auxílio de espíritos e divindades. Esse é um processo de evolução que mostra as diversas fases do pensamento humano que começou com uma fase anímica, quando ele procurava “imitar” os elementos da natureza, os animais, etc., para obter os mesmos resultados que estes apresentavam em suas manifestações. Mais tarde, vendo que nem sempre os resultados pretendidos podiam ser obtidos através dessas estratégias, os seres humanos evoluiram para a idéia de que havia “um pensamento, uma vontade” regendo a produção desses fenômenos. E então nasceram os deuses e por consequência, a religião.Mais tarde, com a racionalização do pensamento trazido pela lógica, esses processos passaram a

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