Consciência negra

Consciência negra

No ultimo dia 20 de novembro, comemorou-se o dia da consciência negra, o que cabe algumas reflexões. Em alguns estados brasileiros esse dia é um feriado, mas o que fazemos em um feriado? Vamos à praia, à fazenda, passeamos... Dificilmente paramos para refletir o significado daquela data.
Diferente de alguns lugares, na Bahia não temos feriado e na Universidade Federal do Sul da Bahia tivemos o privilegio de prestigiar um evento que viesse a fomentar a reflexão sobre toda a história que permeia essa data.
Em 13 de maio de 1888 foi sancionada a Lei Áurea, que visava libertar os escravos da dominação dos senhores de engenho. E por muito, tivemos como referência o 13 de maio para a “comemoração” da consciência negra, mas, não passaria isso de mais um “branqueamento” do protagonismo histórico? Uma forma de desprestigiar o papel do negro na construção da sua própria história? Em 10 de novembro de 2011 finalmente através da lei nº 12.519 é que ficou instituído o dia 20 de novembro como real data de comemoração da consciência negra, visto que nesta data morreu a principal figura do movimento negro no Brasil: Zumbi, que é um símbolo da luta e resistência dos negros escravizados no Brasil, bem como da luta por direitos que seus descendentes reivindicavam.
Desde a promulgação dessa lei que os negros começaram a ganhar espaço em diversos aspectos da sociedade, e logo viria à necessidade de que a educação básica implementasse na sua grade curricular a história e a cultura afro-brasileira, para que houvesse reparação aos danos sofridos pela população negra na história do Brasil. Para atender esta necessidade em 9 de janeiro de 2003, instituiu-se a pela lei nº 10.639 a obrigatoriedade da implementação da matriz africana no ensino básico.
Cabe a reflexão sobre o grau de importância que a história e cultura afro-brasileira tende a contribuir na nossa história enquanto descendentes