conjuntura econômica brasileira
O clima era de insegurança devido ao cenário político (eleição do presidente Lula). O risco-país atingia níveis muito altos, chegando a 2.000 pontos em outubro de 2002. O câmbio também esteve muito elevado, chegando o dólar à marca de R$3,89 em setembro de 2002.
Porém, apesar do temor de mudanças bruscas na política econômica, o presidente optou por manter a política da taxa de juros, elevando-a, e nomeou Henrique Meireles para o Banco Central e Antonio Palocci para a Fazenda. O governo Lula também continuou com o regime de metas de inflação, sendo estas 8,5% para 2003 e 5,5% para 2004. Também conseguiu elevar o superávit primário de 3,75% do PIB para 4,25%.
Os resultados foram uma redução no câmbio para menos de R$3,00 no segundo trimestre de 2003 e no risco-país para menos de 600 em 2003. Também em 2003 a CPMF foi renovada; a legislação do ICMS foi uniformizada; a desvinculação de receitas da União foi prorrogada e foi feita uma reforma na previdência, concentrada nos servidores públicos.
Em 2003 o crescimento da economia foi quase nulo, de apenas 0,2%, mas consideravelmente maior ao longo dos outros anos, com 3,8%, 2,94% e 3,7% em 2004, 2005 e 2006, respectivamente. O IPCA também mostrou uma melhora ao longo do primeiro mandato do governo Lula, caindo de 9,3% em 2003 para 3,14% em 2006. Quanto à taxa SELIC, apesar do aumento inicial, no geral ela foi reduzida, chegando a 13,25% em 2006. Já o saldo da conta corrente sofreu um aumento notável entre 2003 e 2006.
Arthur Barbosa Mello