Conforto ambiental

Radiação solar é a designação dada à energia radiante emitida pelo Sol, em particular aquela que é transmitida sob a forma de radiação eletromagnética. A recepção dessa radiação pode ser classificada de duas maneiras: aquela que recebida pelo objeto de maneira indireta/difusa devido a presença de algum obstáculo climático, como nuvens, massa de gelo e neve ou obstáculo artificial, com o sombreamento das próprias edificações, o que seria classificado como estar “ar sombra”, ou seja, receber estas radiações solares com menor intensidade; e também a que é recebida de maneira direta sem nenhum outro obstáculo (com a exceção da camada atmosférica terrestre) que bloqueie essa incidência dessa radiação, o que é classificado como estar “ar sol”, ou seja, estar recebendo radiação solar com maior intensidade.

A radiação infravermelha é uma radiação não ionizante na porção invisível do espectro eletromagnético. Ainda que não possamos percebe-la na forma de luz, a radiação IV pode ser percebida como calor, pois a mesma atravessa o vácuo e o ar limpos sem perda de energia. O infravermelho influencia diretamente as condições de conforto ambiental por esta poder ser refletida, absorvida, emitida e transmitida através de um corpo sólido, devido a seu comportamento específico em relação aos materiais, especialmente os transparentes, como vidro e policarbonato. A radiação solar transmitida penetra nos ambientes e é absorvida pelas superfícies internas, provocando elevação de sua temperatura e a consequente emissão de radiação de onda longa, para a qual o vidro é opaco. Esse resultado, conhecido como efeito estufa, implica diretamente significativo acúmulo de densidade de energia térmica no interior das edificações. Poe isso, o uso de materiais transparentes em fachadas de edificações, adotado sem o necessário cuidado, resultam no ingresso excessivo de energia solar no ambiente interno, o que tem se revelado, nas últimas décadas, um dos grandes causadores de desconforto térmico,