condução cardíaca

O coração nada mais é do que um conjunto de fibras musculares intensamente organizadas e coligadas, que formam cavidades armazenadoras de sangue. Ele trabalha como uma “bomba hidráulica”, a sua principal função é armazenar e propulsar o sangue para os pulmões e todo o corpo.

Temos a noção de que o sangue só circula porque o coração assim o faz, não é verdade? Sem dúvida a premissa está correta, entretanto, o que a maioria desconhece é que diferente dos outros órgãos, o coração é capaz de gerar, de forma espontânea, eletricidade e de conduzi-la de forma bastante eficaz.

Mas por que o coração gera eletricidade?
A eletricidade é necessária para contrair o músculo cardíaco.

A geração e a condução devem ser de tal forma que ocorra primeiro apenas a contração dos átrios, dando tempo para eles se “esvaziarem” e encherem os ventrículos de sangue. Daí deve iniciar-se o relaxamento dos átrios para que ocorra a contração dos ventrículos e a expulsão sanguínea. As válvulas cardíacas são extremamente importantes neste ponto, “dando” ao fluxo sanguíneo uma só direção, sempre “para frente” (releia ANATOMIA DO CORAÇÃO).

Vejam este vídeo e prestem atenção no sincronismo entre a contração dos átrios e o relaxamento dos ventrículos, e, posteriormente, o relaxamento dos átrios e contração dos ventrículos. Percebam também a movimentação das válvulas!!!

A descarga elétrica gerada pelo coração possui características singulares, sendo formada em um determinado local e depois conduzida por todo coração, proporcionando uma contração muscular firme e homogênea.

A descarga é “ritmada”, sendo cadenciada de acordo com a necessidade de distribuição de sangue pelo corpo, ou seja esta necessidade que dita a freqüência de batimento do coração.

A condução inicia-se no átrio direito, num local chamado nodo sinusal, este é o MARCAPASSO FISIOLÓGICO DO CORAÇÃO. A partir de lá, o estímulo segue para o nodo atrioventricular, seguindo para os ventrículos através do ramo direito