Condeixa a nova

As ruinas de Conimbriga situadas a cerca de 15 KM de Coimbra, são a principal estação arqueológica portuguesa, vestígios de uma notável urbe da Lusitânia e importante ponto de referencia na nossa cultura e investigação cientifica. Mais de cem anos de investigação arqueológica, setenta de exposição pública do local, permitem hoje traçar o quadro do nascimento, da vida e morte da cidade ao longo de quase dois milénios de existência. Os romanos terão conquistado Conímbriga em 136 antes da era crista, mas só no reinado de Augusto a cidade foi remodelada à maneira romana. Conimbriga situa-se num ponto privilegiado onde quase se tocavam as duas principais variantes do itinerário que ligava Olissipo a Bracara Augusta que viria a ser Lisboa e Braga A sul da via construiu-se no início do seculo I depois de cristo um edifício longo mas pouco fundo, ocupado quase exclusivamente por lojas, mais tarde este edifício tal como todos desta zona da cidade foi demolido aquando da construção da muralha baixo-imperial. Um dos quarteirões da parte nova da cidade foi dividido em duas casas distintas, residências de qualidade. A casa da cruz suástica foi a residência de uma família rica. A sua construção remonta ao seculo I. A utilização da cruz suástica nos mosaicos deve-se aos romanos considerarem esse símbolo uma representação solar proporcionadora de boa sorte. A casa dos esqueletos é um bom exemplo de uma residência privada, construída nos finais do séc. I ou inícios do séc. II e foi decorada com mosaicos do séc. III. No último quartel do séc. I d.C. construiu-se um estabelecimento balnear destinado a servir a zona sudeste da cidade. A travessa das termas dava acesso à área de serviço destas instalações a partir da rua sobre a qual se construiu a muralha. Com a construção da muralha baixo Imperial, uma residência foi remodelada passando então a ser a Basília. Este é o único edifício associado ao culto Cristão até agora descoberto em