Conclus O Rodas De Fumo

Conclusão A conclusão expõe a opinião dos entrevistados acerca da abordagem da propaganda anti-drogas, referindo-se a ela com uma certa decepção, sendo essa numa questão do seu êxito – ou falta dele, no caso – e de suas informações, visto que na maioria das vezes os usuários têm mais conhecimento, até mesmo científico, que as próprias pessoas que criam as propagandas. Além disso, os autores deixam em evidência o fato dos entrevistados saberem bem a diferença entre as drogas – farmacologicamente falando – e destacando o fato de outras drogas terem uma característica mais individual em relação à canabis, como por exemplo a cocaína que frequentemente vem acompanhado ao fato do usuário exaltar sua própria imagem enquanto a maconha se encontra numa questão mais coletiva, quando o uso se dá entre “rodas de fumo”, o comércio muitas vezes se dá entre amigos e o compartilhamento é frequente. Por fim, é citada a questão periférica da sociedade, visto que o livro aborda mais um aspecto das classes médias – os próprios autores admitem que o critério usado para categorizar a “classe média” pode ser muito controverso, sendo categorizada como formada por “[...]indivíduos exercerem costumeiramente uma atividade profissional rentável o suficiente para poderem manter um estilo de vida condizente às expectativas típicas de seu nível de estratificação social e de sua faixa etária (MacRae e Simões, 2004)” – e a questão das “drogas legais”. As pessoas que vivem nas margens da sociedade sofrem com todos os males que as pessoas de camadas médias não precisam sofrer constantemente, mesmo se envolvendo numa prática tão marginalizada, como violência – seja por parte dos traficantes ou por parte de policiais –, discriminação e medo. Segundo os autores, as “drogas legais” são na visão dos entrevistados um exemplo de hipocrisia e de autoritarismo por parte da legislação, visto que eles afirmam que a canabis tem um “prazer inócuo” mas promove outras substâncias – como o álcool e o tabaco.