CONCEITUALIZANDO A PARTICIPA O

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CONCEITUALIZANDO A PARTICIPAÇÃO
Nogueira (2004) classifica a participação em quatro grandes modalidades de acordo com os diferentes graus de consciência política coletiva, relacionada à maior ou menor maturidade, homogeneidade e organicidade dos grupos sociais1
. A participação assistencialista (1), filantrópica ou solidária se revela com freqüência entre os grupos mais pobres e marginalizados como estratégia de sobrevivência, especialmente nos momentos de maior crise social. É a forma mais comum e primitiva de participação, é a de menor grau de consciência política coletiva, visa atender requerimentos imediatos de manutenção da vida ou do bem estar de grupos ou segmentos sociais, freqüentemente relacionada a atividades religiosas, comunitárias e políticas de assistência social estatais.
Um outro grau pode ser chamado de participação corporativa (2) quando o objetivo do movimento está conscrito aos interesses de um segmento ou categoria social específica. Esta forma de associativismo está na base do sindicalismo moderno e se relaciona diretamente com a forma assistencial de participação motivada por lutas econômicas geralmente. Em casos excepcionais pela natureza das reivindicações a participação corporativa pode ampliar sua esfera de representação ganhando terreno mais amplo que categorias específicas. Assim como a primeira forma esta também pode ser considerada pré-política.
A participação eleitoral (3) se situa no plano direto da ação política do cidadão na sua relação com o Estado, além dos direitos civis aqui ganha relevo os direitos políticos e o problema da governabilidade. Esta modalidade de participação deriva historicamente do contratualismo liberal e portanto da liberdade individual e da livre iniciativa. Esta forma de participação sofre, entretanto, um conjunto de limitações típicas daquelas existentes em regimes democráticos representativos: distorções das preferências pessoais, igualdade formal anulada pela desigualdade

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