Conceito de texto segundo a visão de roland barthes

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Neste presente artigo, nos propomos a refletir, como o próprio título diz, sobre o conceito de texto e a sua relação com o leitor, questões estas advindas da leitura da obra O prazer do texto, de Roland Barthes, no qual ele diz que toda literatura produz prazer, sendo isso uma questão negada por vários filósofos, dentre os quais podemos citar Platão e Santo Agostinho. Para Barthes, o texto é uma textura, uma tecelagem artesanal que é trabalhada pelo autor e pelo leitor, em que estes irão encontrar o prazer no texto; e este é forma, que é dada pelo escritor, sendo função do leitor atribuir o sentido ao texto. O texto possui cinco vozes que correspondem aos nossos cinco sentidos e cabe ao leitor encontrá-las; e, para tal, deve-se fragmentar o objeto analisado, que é o texto. Há ainda uma sexta voz que é a experiência do leitor, assim, temos cinco códigos e seis vozes. Sobre essa atividade de fragmentação dá-se o nome de lexia, isto é, fragmentos aleatórios, cortes feitos pelo leitor no local onde este encontrar o código, ou seja, onde ele vir esses códigos. Falemos, agora, mais especificamente, sobre as vozes. A voz da empiria ou proairético, refere-se ao mundo da experiência, do contexto, esse é o código das ações; a segunda, é a voz da pessoa ou sêmica, em que "sema", significa sentido, logo, podemos dizer que esse é o código que cuida do sentido, do significado. A terceira voz é a da verdade, hermenêutica, que trabalha com o símbolo, com o censurado, e esse procura apreender a verdade, daquilo que não é dito claramente; porém, nessa tentativa de recuperar, de buscar a verdade vai errar. Assim, pode-se dizer que é uma tentativa de trabalhar o enigma da linguagem, trabalhando-se sempre com um elemento, que é a dúvida, com a falta de garantia; enfim, podemos falar que é buscar a verdade, sabendo-se que irá errar. A quarta voz é a do símbolo ou o simbólico, que é a representação de alguma coisa da qual se deseja falar; a quinta, é a voz da ciência ou a

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