CONCEITO DE SOCIEDADE, IDENTIDADE NACIONAL E AS VISÕES SOBRE O PAPEL DO NEGRO, DO NATIVO E DO PORTUGUÊS EM GILBERTO FREYRE, ADOLPO VARNHAGEN, CAPISTRANO DE ABREU E SERGIO BUARQUE DE HOLANDA

1624 palavras 7 páginas
CONCEITO DE SOCIEDADE, IDENTIDADE NACIONAL E AS VISÕES SOBRE O PAPEL DO NEGRO, DO ÍNDIO E DO PORTUGUÊS EM GILBERTO FREYRE, ADOLPO VARNHAGEN, CAPISTRANO DE ABREU E SERGIO BUARQUE DE HOLANDA

Edimar Gonçalves da Silva1

Em Identidades do Brasil: de Varnhagen a FHC, José Carlos Reis, ao analisar diferentes apreensões produzidas pela historiografia brasileira, se prepõe a responder os seguinte questionamentos: Como nação brasileira se formou? Como diferentes concepções de identidade nacional foram produzidas em diferentes contextos históricos e sociais? Entre outras indagações também efetuadas. As versões de um Brasil multifacetado, fragmentado pela suas culturas, foram e podem ser produzidas de acordo com lugar onde o sujeito observa. O autor afirma que:

A identidade brasileira é “histórica”, isto é, (re) construída em cada presente que é produzida, em uma relação de recepção e recusa de passados e de abertura e fechamento de futuros. (REIS, 2007, p. XVIII)

Diferentes autores de diferentes épocas e espaços são selecionados para fazerem parte da obra. Desde os mais elitistas, ou aqueles que fazem uso do olhar sociológico na obtenção de respostas sobre o Brasil, assim como outros que versam pela inclusão de novos sujeitos na escrita da história nacional, enfim. O que sabemos é que o Brasil-nação ou o Brasil-povo se escreveu diante do embate de tais olhares e percepções.
A começar com Francisco Adolfo de Varnhagen, dada a sua origem e posição social, percebemos como o conceito de sociedade e identidade do povo brasileiro estava atrelado ao seu lugar como nos diria Michel de Certeau. Membro da elite oitocentista e defensor ferrenho do Império, não deixou escapar seu olhar de interesse na maneira como concebeu o brasil enquanto nação e local de geração de identidades.
A ideia de nação não poderia existir, segundo ele, se não fosse timoneada pelos portugueses, já que estes foram os colonizadores e promotores do progresso do Brasil. Atendendo aos interesses dos grupos

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