Conceito de morte e a terminalidade da vida

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Conceito de morte e a terminalidade da vida O conceito de morte é um polêmico assunto e de tal derivam diversas vertentes. De uma forma mais sintética a morte define o término da vida de um organismo, o grande viés vem de como determinar o ponto em que podemos afirmar que ocorreu tal fim. Durante muito tempo a morte foi definida como parada cardíaca e respiratória, porém, com o desenvolvimento da ressuscitação cardiopulmonar e da desfibrilação o conceito da falência foi abalado criando um dilema. No Brasil o diagnóstico de morte é definido pela resolução 1.480/97 do Conselho Federal de Medicina, que não define um conceito para morte e sim como agir com ela. Um olhar cético da situação designaria a morte como o cessar da consciência humana, logo, quando o cérebro deixar de exercer suas funcionalidades; isso, porém, explica a morte cerebral e não um óbito do ser, não o fim de sua vida. Determinar o óbito de alguém pela freqüência de trabalho de seu encéfalo é muito imprudente, "Um segundo pode ser a unidade de tempo que faça de um sujeito vivo um cadáver, mas também pode fazer da morte um homicídio" (in José Todoli, Ética dos Transplantes,São Paulo: Editora Herder, 1968). De forma ética a morte não pode ser definida pela falência de um órgão por mais hierarquizado que este seja, mas, sim de uma seqüência gradativa de vários órgãos e sistemas que dão manutenção a vida. Em 1968 a Associação Médica estabeleceu na Declaração de Sydnei um parágrafo muito interessante: "A dificuldade é que a morte cerebral é um processo gradual de nível celular, já que a capacidade dos tecidos de suportar a falta de oxigênio é variável. Sem dúvida, o interesse clíni¬co não reside no estado de conservação dos tecidos isolados, e sim, no interesse da pessoa. Esta conclusão tem que se ba¬sear no juízo clínico, complementado por instrumentos auxiliares, dentre os quais é o eletrencefalógrafo o mais útil. Em geral, nenhuma prova instrumental isolada é inteiramente sa¬tisfatória no

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