comunicação social

Pensar e sentir so aes inseparveis. Existe uma intrnseca relao entre os processos cognitivos e afetivos no funcionamento psquico humano. errneo entender a inteligncia e a afetividade enquanto esquemas dicotmicos e separados. A construo do conhecimento exige os aspectos afetivos, do mesmo modo que o conhecimento da afetividade e das emoes requer aes cognitivas. Dessa forma, no existe saber puramente racional ou ainda saberes essencialmente ligados sensibilidade. A cultura Ocidental, fortemente marcada por concepes dicotmicas, dualizou o ser humano em razo e sentimento. O prprio Plato definia a virtude como a troca das paixes pelo pensamento racional. Descartes, com a exaltao da racionalidade em sua famosa frase Penso, logo existo, separa o racional do afetivo, atribuindo racionalidade o ideal pleno da existncia humana. Na Psicologia tambm no foi diferente. Os cientistas comportamentais relegaram segundo plano as experincias subjetivas ao concentrar-se nos comportamentos externos do sujeito. Outras teorias, como a Psicanlise, ainda privilegiam os aspectos afetivos e ou inconscientes na explicao do pensamento humano, aviltando os aspectos cognitivos. Este texto pretende apresentar uma viso dialgica da afetividade e da cognio sob a ptica de Piaget, Vygotsky e Wallon. Posteriormente, apresenta-se uma discusso sobre o tema da afetividade e da cognio no contexto psicolgico e educacional, salientando a importncia de se perceber a relao indissocivel existente na afetividade e na cognio, aspectos que se transubstanciam na construo do pensamento humano. 1 O desenvolvimento do juzo moral e a afetividade sob a viso de Jean Piaget A moralidade humana o ponto onde a razo e a afetividade encontram-se e confrontam-se. O psiclogo suo Jean Piaget discute a questo do desenvolvimento do juzo moral na criana em seu livro O Julgamento Moral na Criana (1977), onde se pode identificar uma implcita concepo entre afetividade e cognio. Piaget inicia suas pesquisas atravs do