Computação Voluntaria

Já parou para pensar nas proteínas? Elas se “dobram” em seu corpo o tempo todo, convertendo comida em energia, definindo seu humor e lutando contra doenças. Elas interagem com remédios de maneiras específicas: se elas “dobram” errado, surgem doenças misteriosas como Alzheimer, e se foram dobra“dobrando” com remédios, pode-se curar doenças. Mas se você não é do tipo que gosta de biologia, que tal procurar por vida em outros planetas? Imagina só: analisar dados de radiotelescópios ao redor do mundo procurando extraterrestres. Quem sabe auxiliar na previsão do tempo? Tentar descrever o universo da melhor maneira matemática possível? Quem sabe estudar e tentar achar a cura para o câncer?
Todos esses processos são bem complicado e requerem muitos cálculos. Mas se você é um zero a esquerda em matemática, como eu, como pode ajudar? Com o seu computador! Essa maravilhosa máquina é capaz de milhões de cálculos por segundo. A maior parte de nós simplesmente acessa redes sociais, cria documentos de texto e, no máximo, joga uns joguinhos. O que significa que, na maior parte do tempo, a unidade central de processamento de seu computador está subutilizada.
Você pode aproveitar este processamento sem utilização contribuindo com projetos de computação distribuída. A gente até já falou sobre algo parecido por aqui. Usando uma ferramenta chamada BOINC, criada pela Universidade de Berkeley, nos EUA, vários projetos (Folding@home, SETI@home, GIMPS e outros) precisam de sua ajuda para desvendar segredos matemáticos muito complexos até para as mais potentes máquinas existentes. Se juntarmos dezenas, centenas de milhares de máquinas como a sua, como a minha, podemos criar um supercomputador capaz de maravilhas.
Basta quebrar o problema em pedaços menores e distribuir coordenadamente estes pedaços entre voluntários ao redor do mundo, seu computador calcula enquanto não estiver sendo usado (enquanto você lê este texto, faz um lanche ou dorme), com mínimo impacto em seu uso, e você pode