comportamento organizacional

1. Análise da Ascensão da Matriz Energética do Etanol
Nesse primeiro capítulo, desenvolveremos uma linha histórica do Mercado de Etanol brasileiro partindo dos choques do petróleo e programa Proálcool nos anos 70 até a retomada de investimentos e implantação da tecnologia flex fuel no setor automobilístico brasileiro nos anos 2000. Apresentaremos dados econômicos e políticos brasileiros que nos ajudarão a compreender as intervenções do governo brasileiro para promover o Etanol e a liderança do Brasil no setor sucroalcooleiro.
Para uma melhor compreensão do conteúdo desse primeiro capítulo, façamos um breve resumo sobre o desenvolvimento do biocombustível no Brasil.
Na década de 1920, houve diversas tentativas da agroindústria sucroalcooleira em promover o álcool como combustível o que acentuou o interesse do governo brasileiro no uso do álcool como opção energética. Em 1925, o primeiro carro movido a álcool no Brasil viajou do Rio de Janeiro a São Paulo, uma distancia cerca de 430 km. Em Novembro do mesmo ano ocorreu a conferência “O álcool como combustível industrial no Brasil”, realizada pelo Engenheiro civil Ernesto Lopes da Fonseca Costa, na Escola Politécnica do Rio de Janeiro, considerada como uma das primeiras ações de defesa do uso do combustível. (Unica, 2008).
Segundo Ernesto Lopes Fonseca Costa, o objetivo das pesquisas sobre álcool como combustível era o de substituir o petróleo, que se revelava um combustível escasso e, tendencialmente, caro:
“A produção mundial de petróleo começa a se tornar insuficiente para o consumo, que não se tem mantido estacionário, mas cresce de forma inquietadora. (...) De fato, geólogos e especialistas calcularam que as reservas mundiais conhecidas estarão esgotadas em cerca de 80 anos apenas. Compreende-se bem, portanto, que o abastecimento de petróleo se tenha tornado o eixo de gravitação da política internacional. As nações importadoras do combustível vêem crescer desmesuradamente, de ano para ano, o peso dessa