COMPARAÇÃO FILME "O BICHO DE 7 CABEÇAS" COM A LEI 10.216

Relação do filme “O bicho de 7 cabeças” com a lei 10.216/01

O filme “O Bicho de Sete Cabeças” relata o drama de um jovem chamado Neto que foi internado a força em um hospital psiquiátrico devido a um possível vício de maconha que não se sabia ao certo se era verdadeiro. Durante sua internação passa por situações de total descaso, sem consultas e nem exames médicos, medos e insegurança de um tratamento absurdo e intolerável imposto pelos médicos na tentativa de supostamente reintegrá-lo a sociedade. Neto sofreu maus tratos, foi forçado a tomar medicações fortes como sedativos, tratamento de eletro choques onde lhe causavam ataques convulsivos, situações que lhe causavam pânico e desespero, como ficar dois ou três dias encarcerado em um cubículo sem poder ver a luz do sol.
Segundo os artigos da Lei 10.216/01, os pacientes acometidos de transtornos mentais possuem uma proteção onde não podem ser maltratados ou descriminados por nenhuma pessoa ou instituição. O paciente com transtorno mental também tem o direito de melhor tratamento que envolve uma atenção, dedicação e respeito das pessoas e profissionais que trabalham e convivem com ele. Como visto no filme, nenhum desses direitos foram praticados tanto pelos profissionais quanto a instituição em si, mostrando um modelo manicomial antiético que não presa pela melhora de vida e saúde de seus pacientes, mas sim com os benefícios que ganham por terem uma determinada quantidade de usuários que é favorável para os negócios.
O trabalho para com o paciente com transtorno mental deve ser realizado em conjunto onde envolvam a instituição, profissionais qualificados, a família e a comunidade que o sujeito está habituado. Esse trabalho é visto para a reinserção do paciente em seu convívio social, buscando livrá-lo dos riscos e vícios que é submetido devido ao transtorno mental que possui. No filme ao invés de proporcionar um bem estar e buscar melhoras, os profissionais sem analisarem o que realmente esta se passando