Comparação entre " AUTO DA BARCA DO INFERNO E A FARSA DE INÊS PEREIRA".

356 palavras 2 páginas
UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO DO SUL

Por: Sidroney Vinicius Ramalho

Na Obra de Gil Vicente, “A farsa de Inês Pereira”, a protagonista não sofre nenhuma punição ou qualquer tipo de censura em relação ao ato de sua traição. Seu marido que foi rejeitado como primeiro pretendente, Pero Marques, foi um homem sempre fiel e apesar do cúmulo de levar sua esposa para encontrar com o amante, nunca mostrou nenhuma reação pela confirmação de sua traição por ocasião da sua cônjuge, fazendo jus ao tema: “É melhor um asno que nos carregue do que um cavalo que nos derrube”.
Na peça Auto da Barca do Inferno, a briga do bem com o mal, fica satirizado pela disputa da condução das almas para o paraíso ou para o inferno. O Diabo utiliza as Figuras de Linguagens, quase sempre a ironia, para galgar as almas para o inferno, trabalhando dessa forma o prazer que sentia em conduzir tais almas. O Anjo, sempre sério, dirigia a palavra somente para justificar o embarque das almas com o Diabo. Os personagens a seguir: o Corregedor e o Procurador demonstravam a total incompetência na função administrativa e utilizavam de suas funções para conseguir benefícios próprios, neste sentido justificam a perda de suas almas para o inferno.
Assim como na obra, “Auto da Barca do Inferno”, a disputa pelas almas na peça, “Auto da Compadecida”, foi concretizado logo após a morte dos personagens principais. No “purgatório”, o Diabo condena cada personagem de forma a convencer todos os presentes no recinto, revelando seu prazer com sutilezas e hipocrisias na intenção de conquistar e justificar o merecimento das almas em questão. O diálogo com Jesus é concretizado com Figuras de Linguagens e estabelecem um paralelo com o Auto da Barca do Inferno, ao retratar personagens que ao morrerem, são julgados por seus pecados. Em todos os dois Autos os personagens mais humildes e submissos a moral religiosa, que pecam sem maldade, conseguem a salvação.

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