Comparação do Jornal O GLOBO

Vemos que a edição do “O Globo” do dia 2 de abril de 1964 deixava bem claro a sua contrariedade com a Ditadura e sua comemoração com a volta da democracia a vida brasileira. Mas porque isso não foi publicado no dia 1 de abril, se o Golpe Militar contra João Goulart tinha sido realizado no dia 31 de março? Bem, neste mesmo dia, fuzileiros navais comandados pelo almirante Cândido Aragão, que apoiava o governo de João Goulart, invadiram a sede do jornal, impossibilitando a edição do dia 1 de abril ser impressa.
Temos que o jornal era contra a ditadura e totalmente a favor da volta da democracia, e afirma que a primeira só serviu para atrapalhar para o que a república e a democracia do Brasil criaram no princípio e que bagunçou totalmente a ordem e progresso do país. Também cita que cada vez mais o quanto esse período de repressão estava jogando o Brasil para o fundo do poço.
É bem nítido traços do jornalismo literário, ou mais conhecido como: “nariz de cera”. Vemos isso em trechos como: “(...)Agora, o Congresso dará o remédio constitucional à situação existente...” e “Vive a Nação dias gloriosos. Porque souberam unir-se todos os patriotas, independentemente de vinculações políticas, simpatias ou opinião sobre problemas isolados, para salvar o que é essencial: a democracia, a lei e a ordem.(...)”.
Ele parabeniza militares por protegerem aqueles que não conseguiram se defender sozinhos da repressão da ditadura, mas também crítica a forma como as forças da Marinha de Guerra agiram nesse período. O jornal cita uma parte enfática da carta magna, encontrada no Art. 176: “são instituições (forças armadas) permanentes, organizadas na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade do Presidente da República E DENTRO DOS LIMITES DA LEI.” e que segundo o jornal foi totalmente ignorado, pois João Goulart com suas ordens de repressão, fez com que a Marinha de Guerra perde-se o seu direito de ser considerado um símbolo da legalidade, por conta de sua saída da lei. Uma