Como melhor interpretar e absorver suas leituras - Paulo Ribeiro.
por Paulo Ribeiro
“Uma pessoa que não lê não possui vantagem alguma sobre quem não sabe ler.” ― Mark Twain
Livros são objetos fantásticos. Como Carl Sagan disse, um livro é a prova que humanos são capazes de fazer mágica. Seja para ajudar na vida, com a experiência acumulada de milhões de pessoas que já viveram, ou para nos levar a outros mundos em viagens fantásticas quando o presente não é tão atraente, ler é uma das atividades mais poderosas que a mente humana é capaz de realizar.
Ainda assim, não lemos o suficiente. Falta de estímulo familiar, maus hábitos escolares e mesmo problemas sociais contribuem para isso; não lemos o bastante e perdemos uma quantidade inestimável de valor no processo.
Ao mesmo tempo, criamos uma sociedade analfabeta. Aqui no Brasil, o analfabetismo funcional atinge 75% da população geral e 38% dos universitários.
Pare um pouco e espere a ficha cair: aproximadamente 3 em cada 4 brasileiros não conseguem interpretar o que leem.
Conversar sobre como se interpreta o que se lê é tão importante quanto ensinar as pessoas a ler.
A leitura é um processo e pode ser aprimorada.
Uma parte do problema é assumirmos que lemos bem o suficiente, sem ter parado para estudar o processo de leitura ou mesmo experimentar diferentes modos de fazê-la.
Muito além de juntar letras em palavras, ler é sua forma de se relacionar com a experiência transmitida pelo autor, seja através de informações concretas ou através de histórias. Se falta técnica para extrair a informação, você está deixando valor sobre a mesa.
Há algum tempo, decidi levar meu hábito de leitura a sério e hoje é um dos pilares mais importantes do meu trabalho. Muitas pessoas me perguntam no Aprendizado Acelerado como fazer uma melhor leitura e extrair mais conteúdo de livros.
Recentemente, até recebi um email de uma leitora que faz nosso curso contando ter lido A arte da Guerra, do Sun Tzu várias vezes e não ter entendido o porquê