Como funcionam as abelhas
O San não é o único povo que inclui abelhas em seus mitos e histórias. De acordo com a mitologia egípcia, as abelhas foram criadas quando as lágrimas do deus sol Rá caíram na areia do deserto. Kamadeva, o deus hindu do amor, carrega um arco feito de abelhas domésticas. As abelhas e suas colméias aparecem em imagens religiosas e em insígnias reais de várias culturas. Além disso, pessoas ao redor do mundo usam mel e pólen em remédios caseiros e em práticas religiosas.
A idéia de que exista algo divino ou místico sobre as abelhas não se limita à religião e à mitologia. Até o século 17, muitas pessoas, inclusive os apicultores, pensavam que as abelhas se reproduziam espontaneamente, sem a ajuda da reprodução sexual. Na década de 1660, entretanto, Jam Swammerdam examinou uma abelha rainha através de um microscópio e descobriu órgãos reprodutores femininos. Mais ou menos na mesma época, Francesco Redi provou que as larvas se formavam na carne somente quando as moscas haviam pousado no lugar. Ficou claro que as abelhas e outros insetos se reproduziam por meio do depósito de ovos e não por um passe de mágica.
Apesar de não se reproduzirem por meio da autogênese, ou geração espontânea, as abelhas apresentam muitas outras características encontradas em histórias e mitos, características que levaram várias culturas a observá-las com reverência ou admiração. Isso é particularmente verdade para as abelhas sociais, ou espécies que vivem em colônias. As abelhas sociais são organizadas, habilidosas e inteligentes. Elas trabalham solicitamente durante o verão inteiro para produzir comida o suficiente para sobreviver durante o inverno. As abelhas sociais