Como Falam Os Brasileiros De Yone Leite E Dinah Callou Redu O

1858 palavras 8 páginas
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E NATURAIS
DEPARTAMENTO DE LÍNGUAS E LETRAS

LET 05110 Sociolinguística

Como falam os brasileiros1
Leandro Henrique Lopes Moreira

A língua é o reflexo e a identidade de um povo. Justifica a inserção do indivíduo num determinado grupo social e é capaz de assumir um caráter emblemático, identificando se o falante é brasileiro, português ou italiano. Mais que isso, ela é capaz de indicar a origem (regional) de cada falante num mesmo país, de acordo com as peculiaridades linguísticas destas regiões. Um exemplo disso são os diferentes falares existentes no Brasil: nordestino, sulista, mineiro, dentre outros.

À medida em que o indivíduo lê e escreve ele lapida seu conhecimento a respeito da língua. Reconhecer e respeitar o ritmo do outro e sua capacidade é ação do linguista, como afirma João Ribeiro “objetivamente não pode haver um fenômeno bom e outro mau ou ruim, todos são essencialmente legítimos”.

Na extensão do território brasileiro há um Sistema (unidade linguística), mas também uma rica diversidade de Normas (falares regionais). Essas variações não comprometem a unidade maior de entendimento entre os falantes. A grande questão nunca foi a intercomunicabilidade entre os falantes, mas sim a padronização da língua falada para fins cultos. No Brasil escolheu-se três grandes centros urbanos para a escolha de um falar local padrão, a saber, Rio de Janeiro, São Paulo e Salvador. A preferência recaiu sobre o Rio de Janeiro por questões extralinguísticas, sendo pela localização geográfica estratégica no centro do eixo norte/sul e do ponto de vista político, por ter sido capital da Colônia desde 1763 e, também, por ser uma área cuja linguagem culta tende a apresentar menor número de marcas locais e regionais.

Uma Visão geral do Brasil: o mito da homogeneidade

Já foi constatada a particularidade do português falado pelos brasileiros e o falado pelos europeus, gerando, inclusive, a polêmica do reconhecimento ou não de uma “língua brasileira”

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