Como as estratégias na base da pirâmide de C.K. Prahalad estão surtindo efeito
Como as estratégias na base da pirâmide de C.K. Prahalad estão surtindo efeito
Há cinco anos, C.K. Prahalad publicou um livro intitulado A Riqueza na Base da Pirâmide, no qual defende que as empresas multinacionais não só podem obter lucros vendendo para a população de renda mais baixa do mundo, como também é necessário empreender esse esforço como uma forma de reduzir a crescente disparidade entre países ricos e pobres. Esse argumento para tentar alcançar as pessoas de menor renda baseia-se no tamanho do seu mercado - uma estimativa de quatro bilhões de pessoas. Como o livro de Prahalad - relançado em 2009 numa edição revisada, comemorativa do quinto ano de sua publicação - influenciou o comportamento das empresas e o bem-estar dos consumidores nesses cinco anos? A Knowledge@Wharton conferiu com o autor as notícias mais recentes, incluindo exemplos de empresas específicas que colocam em prática as estratégias da Base da Pirâmide.
Knowledge@Wharton: Nos cinco anos desde a publicação de A Riqueza na Base da Pirâmide, que impacto tiveram suas ideias para as empresas e para os consumidores de baixa renda?
C.K. Prahalad: O impacto tem sido interessante e profundo de muitas formas - muito mais do que podia esperar. Por exemplo, várias das instituições multilaterais - o Banco Mundial, o Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a mulher (Unifem), a Corporação Financeira Internacional (CFI) e a Agência Norte-Americana para o Desenvolvimento Internacional (Usaid, na sigla em inglês) - aceitaram fundamentalmente a ideia de que o envolvimento do setor privado é decisivo para o desenvolvimento... Eu pedi para 10 CEO de empresas tão diversas quanto a Microsoft, a ING, a DSM, a GSK e a Thomson Reuters para essencialmente comentarem se o livro teve ou não algum impacto na maneira como veem as oportunidades.