Como acelerar a transição do ser humano do “individuo” ao “sujeito”?
Josafá de Souza Miranda Júnior *
Este ensaio tem o objetivo de confirmar o pensamento de Edgar Morin com relação à necessidade de uma reforma no pensar, que, conseqüentemente, transformará o ensino e está muito bem elencada em sua obra “A cabeça bem feita”, porém, necessário é que se acelere essa transformação e que seja total, explanando também de maneira mais contundente a inclusão do individuo portador de necessidades especiais, pois, para o ser humano, passar de indivíduo a sujeito é necessário superar a dimensão biológica, chegar ao conhecimento e alcançar a complexidade. O sujeito e o individuo, de que forma o indivíduo se torna um sujeito? Para isso precisamos saber distinguir o individuo do sujeito, segundo TOURANI (1997):
“O SUJEITO é aquele que expressa vontade de agir e ser reconhecido como ator, se forma no seu envolvimento nos processos sociais na relação com outros indivíduos contra aquela democracia que reduz o sistema político a um mercado político.” “O INDIVÍDUO contemporâneo é auto-dirigido, em busca de identidade e criatividade próprias, não confinado a uma personalidade definida por simples via política, social, econômica. Uma personalidade não configurada exclusivamente por vínculos externos.” Para o autor, o individuo passa a ser sujeito quando atuam com preceitos de individualidade, sinais do seu particularismo e um princípio de universalidade. Para Morin, se esse objetivo alcançasse e se possível fosse espalhar e difundir a todos os setores da educação, um novo modelo de pensar, a reforma do pensamento, modificaria a sociedade. Esse movimento de reformar o pensamento ecoa sobre o mundo, transforma os horizontes do olhar em relação à terra, acerca da vida, a humanidade se