Coloração bacteriana
1- Coloração simples com corantes básicos.
A coloração de células mortas é preferível às preparações a fresco, pois os corantes reagem quimicamente com as células bacterianas, e não interferem com o meio circundante, permitindo identificar estruturas internas e tirar maior partido da objetiva de imersão.. As colorações simples são aquelas em que se usa apenas um corante. A maioria dos corantes são sais, compostos por um anião e um catião. O azul de metileno é um sal designado de cloreto de azul de metileno, que se dissocia do seguinte modo:
CAM (cloreto de azul de metileno) —> azul de metileno + + cloreto- A cor azul é dada pelo catião. As bactérias possuem uma pequena carga elétrica negativa, quando o pH do meio é aproximadamente neutro. Assim, as células bacterianas combinam-se com o catião azul de metileno, obtendo-se a coloração azul das células. São muito usados outros corantes, como o violeta de cristal e a carbol-fucsina. Estes corantes diferem na sua taxa e grau de coloração. O azul de metileno reage com as células bacterianas à taxa mais lenta, de 30-60 segundos, o violeta de cristal é mais reativo, usualmente requer só 10 segundos, a carbol-fucsina é um corante ainda mais rápido e atua em apenas 5 segundos. Antes da coloração tem de se fazer um esfregaço, e fixá-lo pelo calor. Um esfregaço faz-se espalhando uma suspensão de bactérias numa lâmina limpa e deixando-a secar ao ar. O esfregaço é então levado à chama de um bico de bunsen, para fixar as bactérias pelo calor. Este passo desnatura as enzimas bacterianas, evitando que digiram partes das células, provocando a sua autólise. O calor também promove a aderência das células à lâmina.
2- Técnicas de coloração diferencial
2.1- Coloração de Gram
Os microrganismos diferem química e fisicamente entre si, reagindo de modo diferente às operações de coloração. Este é o princípio básico da coloração diferencial. Então, designa-se coloração