Colonialismo no Nordeste

3314 palavras 14 páginas
O NORDESTE COLONIAL

FERLINI, Vera. Terra, trabalho e poder: o mundo dos engenhos no Nordeste Colonial. Baurú-SP: EDUSC, 2003.

INTRODUÇÃO

O engenho de açúcar é a que melhor caracteriza as condições de riqueza, poder, prestigio e nobreza. ANTONIL (1711), diz que ser proprietário de engenho significava a aspiração maior dos seus contemporâneos. “O senhor de engenho é título que muitos aspiram porque traz consigo o ser ouvido, obedecido e respeitado por muitos”.1 Eram equiparados em terras da colônia aos fidalgos do reino, que Evaldo Cabral de Melo chama de “nobreza da terra” e de “açucarocracia”. O modelo do engenho colonial, latifundiário, citado por Antonil, é uma espécie de manual. Havia a hierarquia entre os engenhos. O mais rico era o “engenho do reino”, movido a água que chegava a produzir “4.000 mil pães de açúcar”, incluindo canas moídas de sua propriedade e as dos lavradores sem engenho. Tinham a seus serviços vários “oficiais de serviço com soldo”. Os engenhos movidos a tração animal eram de menor valor. O senhor além de administrar o engenho, também administrava a família: mulher, filhos e agregados, além de um cabedal de bens para gerenciar, onde deveria ter um capital de giro para manter o engenho e os custos decorrentes dos períodos de seca ou chuvas que havia quebra das safra, além de crises na Europa. A escravidão indígena foi largamente usada, mas foi um processo que ocorreu no litoral. E foi sendo substituída em decorrência das guerras, doenças, além da aversão do índio em trabalhar na lavoura, pois era trabalho das índias. Posteriormente, pagam a diária de um índio com meio tostão.2 O padrão do trafico de escravos predominava o contingente de homens, o resultado repercutiu na reprodução dos escravos. 60 a 70% eram homens adultos. Em locais onde crioulos, havia maior número de mulheres, mas a predominância masculina era grande.
1- O PROBLEMA INICIAL: OCUPAR A TERRA

Durante 30 anos a Coroa Portuguesa nada fez para tomar

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