Colonia Cecilia

O presente trabalho é sobre a Colônia Cecilia, que foi uma experiencia anarquista na cidade de Palmeiras no estado do Paraná. Surgiu com o idealizador Giovanni Rossi, um escritor italiano anarquista que, juntamente com mais cinco pessoas, povoou a colônia e deu início as atividades no local. Esta pequena sociedade funcionava com base nos valores do anarquismo. Entre eles o trabalho distribuído entre os colonos, o ateísmo, o amor livre, etc. No que se refere ao conceito de amor livre, era a forma descompromissada da vida em casais. Havia trocas entre os companheiros, inclusive Giovanni Rossi.
A Colônia Cecilia durou 4 anos (1890-1894). No segundo ano de existência, o número de habitantes da pequena comunidade chegou a 150, pois ela atraía alguns italianos adeptos das ideias anarquistas. O auge do local foi quando contou com cerca de 250 pessoas. Sua divulgação em território italiano, feita por Rossi, atraiu o interesse de alguns compatriotas que buscavam novas terras e desafios.
A sociedade da Colônia Cecília funcionava com decisões que eram tomadas em um local chamado Sala da Fraternidade, onde eram realizadas assembleias para definir os rumos da colônia. Neste local, todos os habitantes possuíam o direito de opinar sobre medidas a serem tomadas. Giovanni Rossi estabeleceu um método chamado pedagogia ácrata, considerada o ensinamento ao ar livre.
Entre os membros da sociedade anarquista, encontravam-se pessoas com diversas formações e funções: agricultores, artesãos, trabalhadores braçais, analfabetos, professores, engenheiros, entre outros. Para obter uma renda fixa, produziam erva-mate e vinho, mas a maior parte dos alimentos conseguidos com o plantio servia para a subsistência. A Colônia Cecília não era vista de forma positiva no Brasil, levando em conta seus princípios, e também uma sociedade conservadora, a prática do amor livre deixava os brasileiros ultrajados.
O fim da Colônia Cecília se deu por conta da miséria dos colonos, brigas e discórdia no