coisas da vida
Passo 2
Avaliação de Empresas: da Mensuração Contábil à Econômica
São várias as formas de se medir o patrimônio e o lucro de uma empresa; desde o Custo Histórico, com base nas transações ocorridas, passando pelo Custo Corrente, considerando a reposição dos fatores de produção sendo consumidos, avaliando cada ativo e passivo pelo seu Valor Líquido de Realização e chegando ao Valor Presente dos Fluxos de Caixa
Futuros. Todas elas consideram, no fundo, um único
Objeto: o caixa; ora o caixa acontecido, o prestes a acontecer, o que aconteceria se ativos e passivos fossem vendidos, o caixa esperado por transações futuras etc., cada uma das informações válidas para uma finalidade diferente. Logo, não são modelos alternativos, que implicam, obrigatoriamente, a eliminação ou não adoção dos demais; podem simplesmente ser tratados como complementares. Os únicos fatores que, no longo prazo, podem fazer divergir a mensuração do lucro são: inflação e custo de oportunidade.
A avaliação patrimonial das empresas tem provocado enormes discussões acadêmicas e profissionais ao longo do tempo (séculos), confusões conceituais, críticas quanto à relevância e à utilidade da Contabilidade, conferências, artigos etc. (Ganhavam muito com isso os produtores de papel; agora dividem os ganhos com os provedores e demais integrantes da cadeia da internet. Ah! Ia me esquecendo: ganham os mestrandos e doutorandos que continuam podendo fazer teses sobre esse assunto e os professores que temos oportunidade de pesquisar e também escrever a respeito da matéria.)
Assim, a Contabilidade a Custo Histórico nada mais é do que uma inteligente distribuição do fluxo de caixa das transações ocorridas. Espetacular porque amarra o lucro ao fluxo financeiro; útil porque mede o desempenho de uma gestão pelas transações acontecidas que já o afetaram ou que o afetarão. Entretanto, não inclui receitas e despesas (entradas e saídas de caixa) por promessas, transações esperadas, expectativas,