COELHO

COELHO, Betty. Contar histórias: uma arte sem idade/Maria Betty Coelho Silva-10ed. São Paulo: Ática, 1999.
O livro tem o propósito de prestar depoimento sobre uma vivencia de muitos e muitos anos, que tem sido um incentivo e uma gratificação para minha vida e se constitui num tesouro pessoal de valor inestimável. (p.8) Contava-se somente pelo gosto de contar, para ver a criança feliz. Continua-se a contar para divertir, mas as crianças me ensinaram uma porção de coisas a seu respeito, na posição de ouvinte. (p.9)
A autora enfatiza a importância de um bom planejamento e da escolha de, uma história que seja compatível com a faixa etária de cada ouvinte, respeitando suas adversidades culturais, sociais, raciais e especiais. Primeiro, é preciso gostar dela, compreende-la, para transmitir tudo isso ao ouvinte. Quando me interpelam nos cursos de treinamento dizendo: ”Não gosto de contar histórias tristes, que devo fazer?” A resposta obvia é: ”Não as conte. Escolha o que gosta de contar.” (p.14)
Sobre o estudo da história infantil observa-se que uma vez escolhida a história a ser contada, passamos a estudá-la. Estudar uma história é, em primeiro lugar, divertir-se com ela, captar a mensagem que nela está implícita e, em seguida, após algumas leituras, identificar os seus elementos essenciais, isto é, que constituem a sua estrutura. (p.21)
Evidencia-se a escolha da melhor forma ou o recurso mais adequado de apresentá-la, sendo os mais utilizados: a simples narrativa, a narrativa com auxilio do livro, o uso de gravuras, de flanelógrafo, de desenhos e a narrativa com interferência do narrador e dos ouvintes. (p.31)
Pela narração observamos que contar histórias é uma arte, por conseguinte requer certa tendência inata, uma predisposição, latente aliás em todo educador,em toda pessoa que se propõe a lidar com crianças.(p.50)
A história não acaba quando chega ao fim. Ela permanece na mente da criança, que a incorpora como um alimento de sua imaginação criadora,