Cociedade e profissionalismo

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Estado-providência
Este conceito de economia mista surgiu na Europa no final do século XIX e foi introduzido nos EUA nos anos 30 do século XX.

Na moderna concepção de Estado-providência, os mercados dirigem as atividades específicas do dia-a-dia da vida econômica, enquanto que os governos regulamentam as condições sociais e proporcionam pensões de reforma, cuidados de saúde e outros aspectos da rede de segurança social.

As movimentações políticas decorrentes do 25 de Abril de 1974, de acordo com as novas ideologias que orientavam as forças que detinham a hegemonia política, na confluência pósrevolucionária, procuraram promover as condições para a construção gradual de um Sistema de Segurança Social, com o intuito de substituir o sistema anterior. Nos novos pressupostos, o
Estado apresenta-se como um Estado protector, reconhecendo a todos o direito a uma vida digna, mesmo nas situações de risco que envolvem a doença, a falta de trabalho ou a velhice.
Os princípios que orientavam as políticas do velho regime, assentes nas ideias do corporativismo e baseadas na “capacidade produtiva", colidem com os novos princípios de um sistema de segurança social baseado na “dignidade de cada pessoa e nos direitos sociais fundamentais que lhe são inerentes”.
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Mas se as ideias políticas efervescentes do período revolucionário puseram em causa a situação existente, as estruturas administrativas do Estado mantiveram-se intactas. Para mudar era necessário tempo.
Estado-Providência ou Sociedade-Providência?
É neste pano de fundo que o conceito de sociedade-providência parece oferecer operacionalidade em relação à sociedade portuguesa. Nela parecem permanecer “redes de relações de interconhecimento, de reconhecimento mútuo e de entreajuda baseadas em laços de parentesco e de vizinhança através das quais pequenos grupos trocam bens e serviços numa base não mercantil” (...). De facto persistem com alguma intensidade as relações de sociabilidade próprias
das

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