Clínica Cirúrgica

COMPLICAÇÕES NA RECUPERAÇÃO PÓS-ANESTESICA

Segundo Yamashita, Takaoka, Junior e Tanaka (2001), a ocorrência de complicações na SRPA está associada às condições clínicas pré-operatórias, à extensão e ao tipo de cirurgia, às intercorrências cirúrgicas e anestésicas e à eficácia das medidas terapêuticas aplicadas. Dentre as complicações que podem acontecer na recuperação pós anestésica, destacamos algumas delas e falaremos um pouco sobre cada uma ao longo do trabalho.

Dor A dor é um problema comum no pós-operatório imediato e uma das causas mais freqüentes de agitação na SRPA, juntamente com sintomas como hipoxemia, hipercarpnia, retenção urinária, distensão gástrica e efeito residual das drogas. Em conseqüência da dor, principalmente no pós-operatório mais tardio, pode haver limitações na deambulação e na ventilação pulmonar, favorecendo a ocorrência de tromboembolismo e de atelectasia, assim como de hiperatividade simpática, com conseqüências cardiovasculares do porte de arritmias, hipertensão arterial e infarto agudo do miocárdio. Os fatores que estão ligados à dor pós-operatória incluem a natureza da cirurgia, a orientação pré-operatória, as crenças e os aspectos culturais, entre outros. Dessa forma, as respostas físicas, emocionais e comportamentais advindas do quadro álgico podem ser atenuadas, acentuadas ou perpetuadas por variáveis biológicas, psíquicas e socioculturais.

Complicações respiratórias As complicações respiratórias mais freqüentes em SRPA incluem hipoxia, obstrução das vias aéreas superiores, hipoventilação, apnéia pós-operatória, pneumotórax, hemotórax e hemopneumotórax e aspiração do conteúdo gástrico. Muitos desses eventos podem ser evitados com a implementação da assistência no pós-operatório imediato. Os pacientes que apresentam doença pulmonar preexistente tem maior probabilidade de desenvolver complicações após a cirurgia. De qualquer forma, os indivíduos hígidos apresentam queda de aproximadamente 30% da capacidade