Clássicos da Política - Resumo Parte 1
Nascido em Florença, na Itália, em 3 de maio de 1469, Nicolau Maquiavel recebeu uma educação clássica de seu pai, um advogado, passando a ocupar posição de considerável responsabilidade na administração do Estado, aos 29 anos, como segundo chanceler, quando Savonarola fora deposto, enforcado e queimado. Após a volta da ocupação do poder pelos Médicis e a dissolução da república em 1512, Maquiavel é demitido de seu cargo e impedido de sair do território florentino ou acessar qualquer prédio público. No ano seguinte é acusado de conspirar contra o governo Médicis e condenado a prisão onde foi torturado. Maquiavel consegue sua libertação com a interferência de seu amigo Vettori, embaixador de Roma, passando a viver de forma simples em São Casciano, terra herdada de seus pais e avós onde escreve sua principal obra, “O Principe” que dedica aos Médicis com o intuito de voltar a vida pública. Em 1520, a Universidade de Florença convida-o para escrever sobre Florença e deste convite surge sua última grande obra. Com a restauração da República, em 1527, Maquiavel enxerga uma nova chance de retorno a vida pública, mas é visto pelos jovens republicanos como uma pessoa relacionada aos tiranos, e sem forças para lutar contra as declarações de seus inimigos, adoece e morre em junho. Para Maquiavel, o melhor Estado seria aquele capaz de impor a ordem, negando a tradição idealista de Platão, Aristóteles e Santo Tomás de Aquino, onde teríamos de aceitar as coisas como elas são e não como gostaríamos que ela fosse, enfatizando a Veritá effetuale ou a verdadeira efetividade das coisas. Pregava que a ordem tem um imperativo, que deveria ser construída pelos homens para se evitar o caos e a barbárie, e quando alcançada, não seria definitiva, pois sempre haveria ameaças em que ela seria desfeita. A partir deste conceito, começa a interpretar a questão política caracterizando-a como instável, susceptível as derivações de distintos seguimentos que norteiam