Clássico

1442 palavras 6 páginas
1-As mesmas virtudes que deram a Édipo o trono, suas capacidades intelectuais aguçadas, sua esperteza em desvendar a esfinge e salvar a cidade, fazem com que os sacerdotes apelem a ele por sua experiência, porém essas virtudes são levadas às últimas consequências em sua ânsia de solucionar o mistério que envolve a morte de Laio, causando assim a danação de Édipo. Édipo é o veneno-remédio da cidade; ele é o bem e ao mesmo tempo o mal, pois salva a cidade da esfinge, mas todos os seus passos o levam a cumprir o oráculo que predisse que Édipo mataria o pai e desposaria a mãe. Sua arrogância e total confiança em suas capacidades intelectuais o fazem ter certeza de que salvará a cidade, como já o fizera. Mesmo diante de diversas evidências e acusações que o apontam como causador das calamidades que assolam Tebas, Édipo dá continuidade a sua investigação e acaba descobrindo ser o culpado. É sua astúcia e inteligência desmedida que causam toda a tragédia, levando-o, ao fim da peça, a furar os próprios olhos, talvez em ato de expiação, pois sabia que com isso e, em seguida, com sua expulsão purificaria a cidade da peste.

2-Na tragédia, o herói, em seu estado de cólera por sua condição humana e desmedida, causa sua danação, provocando árduas provações. É por causa delas que ele passa por um processo de reflexão que o faz perceber que os infortúnios que sofrera decorrem de sua desmedida. As experiências amargas experimentadas por Édipo são ocasionadas pela busca por respostas, desde sua consulta ao oráculo de Delfos quando procurava conhecer sua verdadeira identidade, e em seguida a incessante investigação sobre o culpado das vicissitudes que a cidade passava. Creonte fala sobre Édipo: “temperamentos como o teu/ atraem sempre sofrimentos”. No entanto, são essas agruras pelas quais o herói passa que o fazem ser mais reflexivo em relação a sua condição humana e perceber a necessidade de ser comedido e respeitar os deuses. Podemos constatar, então, que os sofrimentos

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