clasia operaria vá ao paraíso

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Os aspectos sociais, políticos históricos e culturais das Ciências Sociais

O filme "A classe operária vai ao paraíso", de Elio Petri, é um dos clássicos do cinema político italiano dos anos 1971. “Um cidadão acima de qualquer suspeita” do mesmo Elio Petri. Em um momento de grande vigor dos partidos comunistas e do movimento operário europeu, o cinema foi capaz de captar todo o debate em torno do engajamento dos operários na vida política europeia e particularmente, italiana. Lulu Massa é um operário consumido pelo capital e cujo trabalho estranhado consome sua vida. A fábrica adota sistema de quotas (metas) que intensifica a produção. Lulu é o operário-padrão da fábrica, sendo hostilizado pelos outros companheiros de chão de fábrica. Após perder um dedo na máquina, Lulu adota uma atitude crítica ao modelo de exploração, confrontando a gerencia. Os operários situação e oposição sindical contestam as cotas. Após uma greve, Lulu é demitido. Depois de negociações, ele consegue ser readmitido na fábrica, voltando à linha de produção e reintegrando-se ao coletivo de trabalho. Por conta da mobilização operária. O processo de conscientização política do operário Lulú é o eixo do filme, que de forma dialética, consegue fazer aflorar as contradições da condição do trabalhador sem cair na armadilha do filme panfletário. Ao mesmo tempo que Lulú se politiza é influenciado pela sociedade de consumo. Suas referências no processo de politização são três: o discurso extremista dos estudantes, a postura moderada e pragmática dos sindicalistas e, sobretudo, seu velho companheiro de trabalho, que devido ao trabalho da fábrica acabou enlouquecendo, indo parar em um manicômio. A alienação do trabalho no capitalismo é exposta de maneira brilhante na conversa de Lulú e Militina, onde este, em sua ‘loucura’, lembra-se do questionamento que fazia sobre a utilidade das peças que produziam. Ainda Militina é a principal referência na utopia que dá nome ao

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