Ciências sociais

3712 palavras 15 páginas
A CRÍTICA DE GRAMSCI À TEORIA DAS ELITES: PARETO, MOSCA E MICHELS E A DEMOCRACIA BURGUESA.

1. Introdução:

O presente ensaio visa a refletir sobre a posição de Gramsci ante a teoria das elites de Vilfredo Pareto, a noção de classe política de Gaetano Mosca e o conceito de líder carismático de Robert Michels, a fim de mostrar a sua atualidade ante situações políticas que, no contexto da democracia burguesa, reproduzem no cotidiano político as recomendações desses três grandes intelectuais italianos. Na raiz desse confronto de Gramsci com a teoria das elites, o esclarecimento de conceitos fundamentais para o movimento político dos trabalhadores, quais sejam, as noções de transformismo e consciência de classe. O transformismo se configura, em linhas gerais, como o processo de cooptação dos potenciais dirigentes das classes subalternas, os elementos mais capazes de organizar e dirigir um movimento, por parte das elites dominantes. A consciência de classe traduz-se na nova concepção de mundo que as classes dominadas precisam elaborar no bojo de suas lutas políticas. Ora, como impedir esse processo constante de cooptação que ocorre no curso político das lutas das classes trabalhadoras? Trata-se, no fundo, de explicitar as relações de hegemonia e o compromisso dos intelectuais das classes subalternas enquanto dirigentes que as representem de modo estável, acentuando o significado e a importância de relações efetivamente democráticas. O primeiro aspecto a acentuar, como pressuposto ao questionamento rigoroso e permanente que Gramsci apresenta à teoria elitista do poder, são as características da democracia burguesa que Gramsci entende que devam ser criticadas por seu caráter instrumental e mistificador, bem como aquelas que ele considera importantes como conquista histórica, ou seja, herança cultural e política a ser ampliada no contexto do socialismo. A crítica ao ideário liberal como modelo utópico e como base de sustentação da ordem instituída é um meio de

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