Ciência Política - Paulo Bonavides - resumo Cap I
Ciência Política - Resumo
Capítulo I
1. Conceito de Ciência — 2. Naturalistas versus idealistas (espiritualistas, historicistas e culturalistas) — 3. A Ciência Política e as dificuldades terminológicas — 4. Prisma filosófico — 5. Prisma sociológico — 6. Prisma jurídico — 7. Tendências contemporâneas para o tridimensionalismo.
Depois de muito se discutir, desde Aristóteles a Kant, ainda não havia uma clara diferença entre os conceitos de ciência e filosofia.
Torna-se cada vez mais necessário, com a ação intelectual dos positivistas e evolucionistas, diferenciar estes conceitos.
Então surge, através de SPENCER, uma diferenciação clara e objetiva acerca destes conhecimentos.
SPENCER dividiu o conhecimento em três vertentes:
1º Conhecimento empírico ou vulgar conhecimento não unificado;
2º Conhecimento científico conhecimento parcialmente unificado; e
3º Conhecimento filosófico conhecimento totalmente unificado.
Daí surge a definição de LTTRÉ onde segundo ele “a ciência é a generalização da experiência e a filosofia é a generalização da ciência”
Separa a ciência da filosofia já se pode falar com mais segurança da existência de duas vertentes distintas que seriam a natureza e a sociedade.
Na natureza dominam as leis naturais, fixas, permanentes, eternas e imutáveis. Há certeza, uniformidade, repetição, basta um fenômeno para levar a lei geral, basta um exemplar da série para se conhecer toda a espécie.
Já na sociedade dominam as mudanças, as diferenças, o desenvolvimento, a diversidade, a teleologia, tudo acontece de modo diferente.
Deste modo a Ciência Política é sem dúvida uma das maiores incertezas dos estudiosos da matéria social, pois grandes são as variações de país para país, mesmos naqueles com o mesmo regime.
O material que serve ao cientista social e político é extremamente mutável sem falar na necessidade deste