Citizen Kane 2

Resenha do filme “Cidadão Kane”
Ano: 1941
Diretor: Orson Welles
Roteiro: Herman J. Mankiewicz e Orson Welles

Cidadão Kane (1941) é um filme de Orson Welles, considerado o melhor de todos os tempos produzido pelo diretor. O longa conta a vida do fictício magnata da imprensa Charles Foster Kane (vivido pelo próprio Welles) e faz crítica à manipulação midiática e ao jogo de poder nos Estados Unidos da época.
O filme começa com a morte do protagonista e sua última palavra antes de morrer: “Rosebud”, sendo esta responsável por criar todo o enredo da história. Um jornalista – afim de se diferenciar dos outros jornais em relação à cobertura da morte de Charles Kane – sai em busca do significado dessa palavra na vida do magnata e, para isso, entrevista as pessoas mais próximas de Kane: o secretário Bernstein (Everett Sloane), o melhor amigo Leland (Joseph Cotten), a segunda esposa Susan Alexander (Dorothy Comingore), o mordomo da mansão; além de consultar o diário pessoal de Thatcher (George Coulouris), tutor de Kane quando criança e administrador de seus bens. Cada depoimento é responsável por criar um flashback e mostrar uma faceta diferente de Charles Kane ao espectador.
No início da vida adulta, diante da fortuna que recebeu, o protagonista só demonstrara interesse em comprar um jornal, até então sem grande circulação e importância. Seu propósito era noticiar os fatos – sem manipulação – ao povo. Esse jornal acaba crescendo e torna-se o mais influente e importante meio de comunicação do país pré-crise de 1929. É nessa época que se dá o auge da influência, do poder e da fortuna de Charles Kane. Essa fase pode ser relacionada a “Teoria da agulha hipodérmica”, que defende que os meios de comunicação influenciam diretamente a vida das pessoas, modificando comportamentos e atitudes de forma imediata; no filme, essa situação é exemplificada pelo poder de persuasão tanto dos jornais de Charles F. Kane quanto dos discursos do próprio personagem.
Graças a sua visibilidade