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A cidade de Roma foi fundada às margens do Tibre em um ponto onde o rio se estreita, lugar que fornecia uma posição defensiva estratégica para os primeiros assentamentos nas colinas e ideal para passagem de rotas comerciais terrestres do sul ou leste, em direção a território etrusco. Neste contexto, pelas iniciativas de Tárquino Prisco (quinto rei romano) foi construído entre os séculos VII e VI a.C o Circo Máximo, maior e mais antigo circo romano. Localizava-se entre as colinas Palatina e Aventina e constituiu-se de uma arena onde se realizavam festivais e jogos como as populares corridas de bigas (carros de guerra movidos por cavalos). Tendo como ponto de partida os elementos fundamentais da arquitetura, mais especificadamente o principio utilitas da tríade vitruviana busca-se analisar a funcionalidade do circo máximo como importante forma de lazer dos romanos, a disposição vantajosa e adequada entre regiões de acordo com seu gênero, a escolha do lugar para sua implantação e arranjo geral das funções, das dimensões e das formas.

Na Roma Antiga, os circos, juntamente com os teatros e os anfiteatros eram as maiores festividades da Urbs. O Circo Máximo era o lugar dedicado aos jogos, aos festivais e essencialmente às populares corridas de bigas, nas quais um carro era puxado por quatro cavalos emparelhados com o objetivo de percorrer sete vezes a pista.
Sua localização, entre duas colinas, favoreceu de modo que pudessem ser aproveitadas como arquibancada. Nas proximidades do Circo encontravam-se o Coliseu, o Fórum republicano, o Templo de Vênus e Roma, os Palácios onde os imperadores tinham vistas para a arena, algumas termas e um aqueduto (croqui 01).

Baseado nos hipódromos gregos, porém em uma escala maior (chegou atingir um comprimento quatro vezes maior que sua largura, 600mx150m) , ele possuia a forma de um paralelogramo prolongado com um dos extremos circular e o outro levemente convexo. No lado levemente convexo do circo ficava a “porta pompae” onde