Cirurgia Enfermagem
CHOQUE
Evolução do conceito de choque
1852 – Samuel Gross – Desarranjo grosseiro da máquina da vida.
1930 – Blalock – Falha circulatória periférica resultando da discrepância entre o tamanho do leito vascular e o volume do liquido intravascular.
1964 – Simeone – Conceito clinico – sinais e sintomas que surgem quando o debito cardíaco é insuficiente para preencher a árvore arterial com sangue sob a pressão necessária para abastecer os órgãos e tecidos com fluxo sanguíneo adequado.
Choque – Síndrome caracterizado por diminuição da perfusão tecidular e metabolismo celular.
No choque há sempre défice no aporte de O2 ás células (insuficiente perfusão tecidular)
Se não for detetado há morte celular, o que leva a disfunções graves
Doentes em choque apresentam:
Pele pálida, fria, húmida (aumento da atividade adrenérgica)
Hipotensão (sistólica 95%)
SV estáveis ao nível do pré-operatório
Estar orientado no espaço e no tempo
Ausência de náuseas e vómitos
Debito urinário não inferior a 30ml/h
Nível de dor estabilizado e tolerável
Complicações pós-operatórias
Aparelho respiratório
Queda da língua – por causa da anestesia (dos relaxantes musculares).
Respiração ruidosa, diminuição da Sat O2 (monitorizar), coloração da pele (cianótico estado grave).
Manter a via aérea permeável:
- Se o doente tiver adormecido: Tubo de mayo/Tubo de guedel
- Se não tiver adormecido: Tubo nasofaríngeo
Colocar cabeça em hiperextensão e elevar ligeiramente a cabeceira. Se possível DL.
Broncospasmo/Laringospasmo – ocorre mais no intraoperatório.
Brônquios contraem e não deixam o ar entrar.
Reverte-se através de anti-histamínicos, corticoides. Pode ser necessário reentubar o doente e administrar relaxantes musculares, broncodilatadores e aminofilina.
Observação da via aérea – manifestações: roncos, sibilos, diminuição SatO2, coloração da pele alterada, dificuldade respiratória.
Mais frequente em doentes com