Cinomose

CINOMOSE

Etiologia: O vírus da cinomose é um membro do gênero Morbillivirus da família Paramyxoviridae que possui características semelhantes a outros vírus do mesmo gênero, tais como do sarampo (em humanos), da peste dos pequenos ruminantes (PPRV), do morbilivirus de equinos (virus Hendra), entre outros. Os morbilivírus são vírus envelopados, com genoma de RNA de fita simples negativa não segmentada, envoltos por um nucleocapsídeo de simetria helicoidal e o envelope lipoprotéico é originário de glicoproteínas virais incorporadas à membrana celular. O vírus da cinomose é sensível ao éter e a solventes lipídicos, é instável a pH abaixo de 4.5, e pode ser inativado pelo calor a temperaturas acima de 50C por 30 minutos. Em climas quentes o vírus não sobrevive no ambiente por longos períodos, uma vez que só se mantém viável a 20C por 3 horas e em exsudatos por 1 hora.
Epidemiologia: A cinomose canina se tornou um problema mundial e é considerada a segunda doença infecciosa com maior relevância entre caninos domésticos, perdendo somente para a raiva, devido as suas altas taxas de morbidade e mortalidade. O vírus da cinomose tem distribuição mundial e tem sido descrito nas ordens Canidae, Mustelidae, Procyonidae, Felidae, Ursidae, entre outras, mas o cão permanecem como o principal reservatório do vírus. O vírus é encontrado em abundância em exsudatos respiratórios, mas pode ser isolado de outras fontes como a urina e outras secreções. A eliminação viral se inicia com 7 dias pós-infecção e pode ser eliminado por até 90 dias pós-infecção. O contato entre animais infectados (subclínico ou doentes) e animais saudáveis ajuda a manter o vírus circulando na população. E, apesar da imunidade naturalmente adquirida contra cepas virulentas do vírus da cinomose ser prolongada ou permanente, a imunidade vacinal não funciona da mesma forma. Cães que não são imunizados periodicamente diminuem a proteção após períodos de estresse, imunossupressão e contato com